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20/04/2011

O que passa na cabeça da moçada

Por trás da impulsividade e das oscilações de humor típicas dos jovens pode se esconder a raiz de desequilíbrios que irão gerar problemas psíquicos no futuro. Veja o que podemos fazer a respeito

por Alex Sander Alcântara | design Ana Paula Megda | fotos Omar Paixão

Seu filho só estuda ou arruma o quarto quando você promete horas a mais no videogame? Especialistas salientam que é preciso ficar atento a esse jogo de compensações. Ser premiado para cumprir obrigações corriqueiras aumenta em mais de três vezes o risco de ocorrência de algum desequilíbrio emocional. “Acredita-se que essa seja uma das causas da epidemia mundial de obesidade entre as crianças e também uma porta de entrada para as drogas. Adiar presentes estimula o autocontrole, importante para a tomada de decisões”, destaca o neurologista infantil Marco Antônio Arruda, do Instituto Glia, em Campinas, no interior paulista. Essa foi uma das conclusões a que chegou a equipe de especialistas coordenada por Arruda depois de entrevistar 9 mil pessoas, entre pais e professores, em 87 cidades de 18 estados brasileiros.

A pesquisa, capitaneada pelo Instituto Glia em colaboração com pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas, foi vencedora da última edição do Prêmio SAÚDE! na categoria Saúde Mental e Emocional. Não por menos. Trata-se do maior levantamento do gênero já realizado no país. Além disso, traça um perfil dos jovens brasileiros, identificando muitas situações que podem comprometer a massa cinzenta dos teens.

Mães que fumaram ou ingeriram álcool durante a gestação, por exemplo, comprometem a saúde mental infantil e até a evolução na escola. “Sabíamos que o fumo provocava baixo peso nos bebês, mas desconhecíamos esses achados na mente”, surpreende-se Arruda. Outro indicativo de que alguma coisa não vai bem na cabeça de garotos e garotas é o próprio desempenho escolar. Resultados insatisfatórios no boletim costumam ser, sim, sinais de encrenca. A mais comum atende pelo nome de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), responsável por um aumento de 15 vezes no risco de a moçada se dar mal na sala de aula. “Esse transtorno dificulta a memorização e o aprendizado”, diz a neurologista Valeriana Moura Ribeiro, da Unicamp.


As flutuações de humor são comuns na infância e, principalmente, na adolescência. Todavia, oscilações repentinas ou baixo-astral permanente são sinais de alerta importantes. Por incrível que pareça, a própria opinião dos pais muitas vezes é um indicativo. Explicase: se para eles o adolescente não é feliz, o risco de o boletim aparecer salpicado de notas vermelhas é quase três vezes maior. “Jovens que não saem do quarto, não têm vida social e querem ficar só no computador devem ser investigados”, aconselha Maurício de Souza Lima, hebiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo. Basta aproximar-se deles.

Ou seja, já está bem claro que as atitudes do pai e da mãe refletem na cabeça da prole. Por isso, os autores da pesquisa foram além e criaram uma cartilha com estratégias tanto para os pais como para os educadores. Uma das mais importantes é se colocar no lugar dessa turma em desenvolvimento. Afinal, o excesso de cobrança pode se transformar em ansiedade. Pedir ao filho que cumpra uma tarefa que não trará resultado nenhum, como desarrumar e depois voltar a arrumar um armário, só aumentará a confusão na massa cinzenta. “Outro erro é achar que apenas a conduta dos filhos deve ser modificada”, alerta a neurologista Valeriana Moura.

Por outro lado, a falta de interesse paterna gera baixa autoestima. Dito de outra forma, a palavra de ordem é moderação. Nem cobrar demais nem relaxar demais. “A cartilha é simples. No fundo, diz aos pais que prestem mais atenção no filho para ver se ele se enquadra em uma das categorias de risco”, informa o psicólogo Mauro de Almeida, do Instituto Glia. “Ela fornece resultados que apontam para novas pesquisas. A meta agora é diminuir o número de perguntas sem respostas sobre a cabeça dos jovens”, corrobora José Hercules Golfeto, psiquiatra da infância e adolescência da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

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